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DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS em 2019
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PERFIL MICROBIOLÓGICO DE LEITE BOVINO COMO FERRAMENTA PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Maria Fernanda Ciappina Dizeró
resumo
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O leite é considerado um produto nutricionalmente completo e cada vez o consumidor está mais exigente, portanto é necessário produzir um alimento de boa qualidade e saudável. Para isso, o governo criou a Instrução Normativa (IN), a qual padroniza e estabelece limites mínimos de padrões de qualidade. Com a instrução normativa e o conhecimento dos patógenos causadores de mastite em determinada propriedade, o trabalho da assistência técnica se torna mais fácil e desse modo, ajuda o produtor a tomar melhores decisões dentro de sua propriedade. Objetivou-se com esse estudo verificar o perfil microbiológico de amostras de leite de vacas em lactação; monitorar a qualidade do leite nos meses de inverno e verão; determinar o índice de rejeição de amostras em desacordo com a IN 31 e correlacionar as características de produção com patógenos encontrados nas propriedades. Foram analisadas, nos meses de inverno e verão, amostras de leite dos quartos mamários das vacas em lactação e do tanque de expansão de 14 (quatorze) propriedades participantes da Cooperativa dos Produtores Rurais de São Pedro – SP. As amostras individuais foram colhidas duas no mês de julho de 2017 e duas no mês de janeiro de 2018. As amostras foram analisadas no Laboratório de Qualidade do Leite no Instituto de Zootecnia, em Nova Odessa-SP. Foram colhidas seis amostras ao total, três na época de inverno e três na época do verão, posteriormente enviadas para análise na Clínica do Leite – ESALQ/USP. Foi realizada a caracterização das propriedades e dos produtores mediante a aplicação de questionários com a ajuda dos técnicos extensionistas da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). O único parâmetro com efeito significativo (P=0,003), e que mede a qualidade do leite, foi o de contagem padrão em placa (CPP). O índice de amostras rejeitadas, por se encontrarem em desacordo com a IN 31, foi em média 38% para CPP, e 26% para Contagem de Células Somáticas (CCS). O microrganismo mais isolado na época do inverno foi de Corynebacterium spp. (22,12%), em seguida, observou-se a presença de Staphylococcus spp (17,71%). Na época do verão houve uma inversão de perfil entre Staphylococcus spp e Corynebacterium spp. A influência do perfil microbiológico junto às características das propriedades, do produtor e sanidade do rebanho foi realizada para os gêneros Streptococcus spp., sem efeito da época do ano, Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp., ambos com efeito entre as épocas estudadas. Foi possível identificar deficiências nos aspectos sanitários e higiênicos, os quais estão relacionadas com falhas nas boas práticas de manejo de ordenha e podem ser explicados pela alta prevalência de Corynebacterium spp. no inverno e de Staphylococcus spp. ao longo do ano todo. Com isso, é indispensável que o produtor tenha auxílio da assistência técnica e essa saber quais são os pontos chaves dentro de cada propriedade para a tomada de decisão. Assim, o produtor tem um produto de qualidade e com maior produtividade, além de efetivar a importância da realização do perfil microbiológico para controle de mastite.
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PERFIL OXIDATIVO E BIOQUÍMICO DE VACAS DA RAÇA GIR LEITEIRO DURANTE O PERÍODO PERIPARTO
Helena Corrêa Pinto de Mendonça Mendes
resumo
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O período de transição em vacas leiteiras demanda atenção devido a diversas mudanças na homeostase que são acompanhadas de aumento na necessidade de oxigênio para os tecidos, resultando em consequente incremento na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Este aumento aliado ao comprometimento do sistema antioxidante gera um estresse oxidativo que pode estar ligado à ocorrência de doenças em animais de produção. Objetivou-se com esse estudo avaliar o estresse oxidativo e o perfil bioquímico de vacas da raça Gir Leiteiro no período periparto, além de verificar a influência da estimulação tátil no pré-parto sobre o status oxidativo dos animais. A bioquímica sérica e as enzimas antioxidantes de trinta e cinco (n = 35) novilhas Gir Leiteiro foram avaliadas de junho a novembro de 2017 no Centro Experimental EPAMIG em Uberaba, MG, Brasil. As coletas sanguíneas seriadas foram realizadas 30 e 16 dias antes do parto e aos 7, 14, 28 e 42 dias pós-parto. As características analisadas foram: ácido úrico, cobre, ferro, zinco, albumina, bilirrubina total, superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px), por meio de um modelo linear, empregando-se uma distribuição de Poisson, através do procedimento GENMOD (SAS 9.2, 2013). A análise de variância para todas as características indicou que não houve efeito significativo da estimulação tátil aplicada nas vacas no pré-parto (p> 0,05). Portanto, para avaliar o efeito do tempo de coleta, os animais foram reunidos em um único grupo (n = 35). As médias e desvios padrão aos 30 dias antes do parto (T0) foram utilizados para compor o intervalo de referência. Cobre, zinco e albumina variaram dentro dos intervalos de referência, embora o cobre tenha aumentado 45,92% 16 dias pré-parto em comparação à média em T0 (115,69 μg/dL). O ácido úrico aumentou durante o período de transição, com médias sem diferença estatística (p> 0,05) até 16 dias antes do parto, quando houve aumento de 67,57% no metabólito em relação à média do T0. As concentrações de ácido úrico encontradas após 28 dias pós-parto foram diferentes (p <0,05) das médias encontradas no pré parto e primeira semana pós-parto e um aumento de 107,57% aos 45 dias de puerpério foi observado. A SOD e GSH-PX aumentaram progressivamente a partir de 15 dias pré-parto, sendo observado aumento de 149,52% acima do limite máximo do intervalo de referência para SOD. Dessa forma, nas condições em que este experimento foi realizado, pode-se concluir que a estimulação tátil não influencia no perfil oxidativo e bioquímico de novilhas Gir leiteiro no período de transição, embora o período periparto ocasione estresse oxidativo em animais dessa categoria.
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SOJA MICRONIZADA E LIPASE EXÓGENA NA DIETA DE LEITÕES DESMAMADOS
Acalian Sousa Nunes de Deus
resumo
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Visto que o desmame é uma fase de grande estresse para o leitão, buscam-se ingredientes que possam ser inseridos na dieta destes animais, estimulando o consumo, melhorando a digestibilidade e reduzindo o nível de transtornos alimentares no pós-desmame. Um dos ingredientes mais utilizados na alimentação de suínos é o farelo de soja (FS), porém este traz consigo vários fatores que dificultam seu uso. Neste contexto, surge a soja micronizada (SM), que além de ser uma fonte alternativa de proteína, sua pequena granulometria melhora a solubilidade e facilita a assimilação de nutrientes pela ação de enzimática, dessa forma podendo promover melhorias no desempenho e digestibilidade nos animais. Com o objetivo de avaliar o efeito da inclusão da enzima exógena lipase na dieta de leitões desmamados. O experimento foi divido em dois períodos, sendo testados dois níveis de inclusão de enzima exógena lipase (0 ou 150g/ton) em dietas formuladas com FS ou SM. O período 1 – ensaio de digestibilidade, foram utilizados 20 leitões machos com pesos homogêneos, alojados em gaiolas metabólicas contendo um animal em cada. Para a coleta de dados usou-se o método de coleta total de fezes e urina. Avaliou-se matéria seca, nitrogênio, energia bruta. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 2. O período 2 – ensaio de desempenho, foram utilizados 74 leitões com pesos homogêneos, distribuídos em 18 baias suspensas, sendo que cada baia continha dois animais, um macho e uma fêmea. Avaliou-se o ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, índice de diarreia e viabilidade econômica. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 2. Para a análise de índice de diarreia foi realizado um teste de frequência. Os resultados do ensaio de digestibilidade não foram significativos entre os tratamentos na fase Pré-Inicial I e II (p>0,05), apenas na fase Inicial a variável DMS apresentou significância para o tratamento com SM em detrimento aos outros. No ensaio de desempenho, na fase Pré-Inicial I o tratamento FS apresentou maior CDR e GDP em relação ao SM + L, consequentemente a dieta FS demonstrou melhor CA. Na fase Pré-Inicial II os tratamentos FS e FS + L apresentaram diferença estatística (p< 0,05) para CDR e GDP quando comparados aos tratamentos SM e SM + L, consequentemente as dietas à base de FS foram melhores para CA (p<0,05). Na fase Inicial (0 a 42 dias) observou-se a mesma tendência, porém a CA nesta fase não teve diferença estatistas entre os tratamentos (p>0,05). A análise de incidência de diarreia não observou se diferenças entre os tratamentos (p>0,05). E para o índice bioeconômico o tratamento FS na avaliação do período total demonstrou os melhores resultados, sendo o mais viável economicamente.
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