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DISSERTAÇÕES DEFENDIDAS em 2018
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A eficiência alimentar em grupos genéticos: Taurino, Zebuíno e Taurino adaptado
Renan Sugahara Permigiani
resumo
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Este experimento foi conduzido no Centro de Performance da CRV Lagoa (Sertãozinho-SP). Foram utilizados 172 animais machos não castrados, sendo 29 Taurinos, 74 Zebuínos e 69 Taurinos Adaptados, com idade e peso vivo inicial médio de 8±2 meses e 294 kg ±46kg, respectivamente. Foi mensurado o consumo diário de alimentos de cada animal, através da utilização de cochos de alimentação automática. As pesagens foram realizadas diariamente em balanças automáticas de pesagem voluntária (Intergado®). O consumo de matéria-seca foi corrigido para a matéria-seca do volumoso. Para corrigir as diferença de energia metabolizável (EM) das dietas foi realizado um ajuste do consumo de matéria seca em função da quantidade de EM existente em cada dieta. Para os cálculos do consumo alimentar residual foram utilizados três modelos, CAR, proposto por Koch (1963), CARgd com a inclusão de medidas de espessura de gordura e marmoreio, obtidas por ultrassonografia e CARus contendo também a área de olho de lombo, a partir da ingestão de matéria-seca esperado ajustado para a composição de carcaça medida por ultrassom, aumentando o R² da equação. Para estimar o ganho médio diário de cada animal durante dos 50 dias de medição de consumo foi realizada análise de regressão de todas as pesagens diárias dos animais. Outras medidas de eficiência, como conversão alimentar, eficiência alimentar, taxa de kleiber, eficiência biológica e idade para alcançar os 450 kg de peso vivo foram calculadas. Os Taurinos foram melhores em eficiência alimentar, conversão alimentar e eficiência biológica. Os Taurinos Adaptados se igualaram na eficiência alimentar com os Taurinos, e foram melhores na taxa de Kleiber e chegaram mais cedo aos 450 kg de peso vivo. Os Zebuínos se mantiveram entre os dois grupos genéticos, em se tratando de características de eficiência. Ao classificar os animais em Alto Médio e Baixo CARus, não foi encontrado diferenças entre peso inicial e final, e também em medidas de ultrassonografia. Nas outras medidas de eficiência, o animais de Baixo CARus, apresentaram médias melhores.
Palavras-chave: consumo alimentar residual, ultrassom de carcaça, ganho médio diário
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Avaliação da eficiência alimentar e reprodutiva de matrizes primíparas em lactação da raça Nelore
Túlio José Terra Ricci
resumo
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O consumo alimentar residual (CAR) é uma característica que possibilita a identificação de animais mais eficientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência alimentar e produtiva de matrizes primíparas da raça Nelore até 100 dias após o parto. Foram avaliados 27 animais, com peso e idade inicial de 509,11± 32,38 kg e 38 ± 0,83 meses de idade, respectivamente, e de acordo com a data dos partos, foi determinado dois grupos de contemporâneos. O CAR foi calculado considerando a primeira fase da lactação (100±5 dias de lactação). Os animais foram mantidos em baias coletivas (GrowSafe® System) para determinar o consumo individual. O CAR foi estimado como o resíduo da equação de regressão linear do consumo de matéria seca médio (CMS) sobre o ganho médio diário (GMD) e peso médio metabólico (PV0,75), e os animais foram classificados em CAR- (mais eficiente) ou CAR+ (menos eficiente). Quatorze animais foram classificados como CAR- e 13 animais como CAR+, os quais apresentaram CMS de 11,9±0,25 kg de MS/dia e 13,4±0,25 kg de MS/dia, respectivamente. A produção de leite foi avaliada por duas técnicas: ordenha mecânica e pesar o bezerro antes e após a mamada, com média de 7,61±1,29 kg/dia e 7,07±3,87 kg/dia de leite respectivamente. Animais mais eficientes (CAR-) não diferiram dos menos eficientes (CAR+) quanto às medidas corporais (perímetro torácico e altura na garupa). Os resultados mostraram que houve diferenças significativas entre as classes de CAR para CMS (P<0,01), produção de leite (P=0,0897), porcentagem de proteína no leite (P=0,0149), e produção de leite corrigida para energia (P=0,0551) aos 63 dias de lactação. Para as demais características (medidas corporais, ganho médio diário do bezerro, eficiência produtiva da vaca, espessura de gordura subcutânea, produção e qualidade de leite e produção de leite corrigida para energia aos 85 dias de lactação, produção de leite por pesar, mamar e pesar bezerros) não foi detectada diferença significativa entre as classes de CAR. Conclui-se que vacas primíparas da raça Nelore, identificadas como mais eficientes com base na característica CAR obtida na 1ª fase da lactação apresentaram menor produção de leite e qualidade de leite, em relação aos animais menos eficientes, apenas no início da lactação, igualando-se aos animais menos eficientes no decorrer da lactação. Essa diferença não teve efeito no ganho médio diário dos bezerros e na eficiência produtiva das vacas.
Palavras-chave: consumo de matéria seca, espessura de gordura, produção de leite, vacas em lactação.
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Avaliação de técnicas de precisão como indicadores de estro em novilhas Gir Leiteiro
Rogério Ribeiro Vicentini
resumo
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O objetivo do estudo foi avaliar técnicas de precisão como indicadores de estro em novilhas da raça Gir Leiteiro. O experimento foi conduzido no Campo Experimental Getúlio Vargas da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), localizada em Uberaba, Minas Gerais. Foram utilizadas 57 fêmeas nulíparas submetidas à sincronização de ovulação por protocolo hormonal e inseminação artificial em tempo fixo. Após a retirada do implante de progestágeno, a cada 12 horas, durante dois dias, as novilhas foram monitoradas para temperatura ruminal (bolus telemétrico), temperatura retal e vaginal (termômetro digital), calor radiante do olho, vulva e focinho (câmera termográfica), e morfometria vulvar (paquímetro). Foi realizada observação do comportamento sexual a campo, como indicador de cio. Como parâmetro fisiológico de ocorrência de estro e ovulação foi realizado o acompanhamento da dinâmica folicular das fêmeas. Os dados meteorológicos foram fornecidos por estação meteorológica próxima ao local do experimento. Foi constatada a ovulação de todas as fêmeas às 60 horas após a retirada do implante. Através do monitoramento comportamental, foi observada manifestação de cio de 46 novilhas entre 24 a 48 horas após a retirada do implante e, as 11 novilhas restantes apresentaram cio silencioso. As análises foram realizadas por meio de modelos mistos, incluindo-se o efeito de tempo após a retirada do implante (0, 12, 24, 36 e 48 horas) como covariável (efeitos linear, quadrático e cúbico), além de efeitos específicos para cada característica. Por meio da análise se variância constatou-se que a largura vulvar apresentou aumento de tamanho significativo (P<0.01), consistente com a manifestação do cio. As temperaturas reticular, vaginal e retal apresentaram maiores magnitudes de temperatura, quando comparadas às medidas obtidas por termografia. Houve aumento das temperaturas no decorrer do período após a retirada do implante (P,0,01), padrão compatível com a ocorrência do estro. Dentre os registros termográficos, a região do olho e da vulva apresentaram padrões de aumento de temperatura associados à ocorrência do cio (P<0,01), no entanto, estas medidas sofreram forte influência de fatores ambientais externos, que podem ocultar as mudanças de temperatura superficiais relacionadas com o estro. Diante destes resultados, concluiu-se que a observação de cio foi efetiva na identificação do estro da maioria dos animais e que houve aumento na temperatura corporal de novilhas Gir em estro. Os sensores de temperatura corporal e as medidas morfométricas podem ser utilizados como potenciais indicadores de estro em novilhas da raça Gir.
Palavras chave: cio, morfometria vulvar, pecuária de precisão, temperatura ruminal, termografia.
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Características do solo e decomposição de liteira em sistemas integrados vs. monocultivos
Jeferson Garcia Augusto
resumo
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Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar as características químicas, físicas e estoque de carbono no solo, a decomposição de liteira nas estações do ano em sistemas integrados de lavoura e pecuária e monocultivos para produção de milho grão e recria de bovinos de corte. O experimento foi conduzido de dezembro de 2015 a dezembro de 2017, em área experimental pertencente ao Centro Avançado de Pesquisa em Bovinos de Corte, localizado no município de Sertãozinho – SP. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (três blocos), com seis tratamentos: milho monocultivo (M), Brachiaria brizantha cv. Marandu monocultivo (C), milho mais Brachiaria brizantha cv. Marandu semeados simultaneamente (MC), milho mais Brachiaria brizantha cv. Marandu semeados simultaneamente + Nicosulfuron (MCN), milho mais Brachiaria brizantha cv. Marandu semeada na adubação de cobertura do milho (MCA) e milho mais Brachiaria brizantha cv. Marandu semeados simultaneamente + Nicosulfuron na linha e na entrelinha do milho (MCNE).O projeto foi conduzido em uma área de 24 ha, sendo 18 parcelas experimentais que perfaziam um total de 8920 m2 (93x96 m) cada parcela. Em relação ao fator de decomposição K os maiores valores ocorreram no outono 0,113 g g-1 dia-1. Foi encontrada diferença significativa no carbono orgânico total no solo, com maiores resultados no tratamento MCNE 21,04 g kg-1 e menores médias para o tratamento de monocultivo de capim 18,97 g kg-1. A macroporisade foi menor nos tratamentos MC 9,66 % e MCNE 10,50 % significativamente diferentes do tratamento milho monocultivo (M). Os tipos de sistemas adotados modificam as características químicas e físicas, o carbono orgânico total do solo e a decomposição da liteira. O pastejo animal não interfere na densidade do solo e a resistência mecânica do solo a penetração foi maior nas camadas superficiais do solo onde houve pastejo animal.
Palavras-chave: Compactação do solo, fator de decomposição, semeadura consorciada.
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Efeito da suplementação alimentar em pastagens no desempenho de bezerras e primíparas Nelore.
Henrique Moreira Lopes
resumo
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Existe grande demanda mundial para aquisição de carne brasileira, grande oportunidade para o crescimento deste setor e por outro lado, o nosso país ainda apresenta baixa produtividade no setor de gado de corte, havendo oportunidades para implementar várias melhorias. As pastagens tropicais sofrem muito a influência das estações do ano, principalmente a estação das chuvas que provocam abundante brotação e a longa estiagem da estação seca, que provoca aumento significativo do material morto com consequente queda no valor nutricional. A suplementação dos bovinos em pastagens é uma necessidade constante. O uso do suplemento em baldes contendo blocos com melaço pode ser uma alternativa à suplementação a pasto. O presente estudo teve como objetivo mensurar o efeito da suplementação em blocos, comparado com a suplementação convencional, em pó, no ganho de peso de bezerras da raça nelore (experimento 1), e peso e escore corporal de primíparas Nelore (experimento 2), com formulações específicas para época das águas e das secas. Também foram mensurados: velocidade de fuga, uréia e glicose plasmática nas bezerras, peso dos bezerros ao pé e a temperatura ruminal nas primíparas. O projeto de pesquisa foi realizado do Centro APTA Bovinos de Corte, do Instituto de Zootecnia, sendo os animais mantidos em pastagens de brachiaria brizantha, cultivar Marandú. No experimento 1 foram utilizadas 114 bezerras desmamadas da raça Nelore, com idade inicial média de 7 meses, até 24 meses. No experimento 2, 40 novilhas prenhes foram classificadas em três grupos experimentais por peso inicial, entre 350 e 400 kg, entre 400 e 500 kg e entre 500 a 590 kg. Após o parto, o bezerro foi pesado e recebeu os cuidados normais de recém nascido. O consumo do suplemento em blocos com melaço foi em média 242 g/bezerra/dia, nos 480 dias de experimento, com ganhos médios de 0,290 kg/animal/dia. As bezerras que consumiram os blocos com melaço ficaram significativamente mais pesadas no verão chuvoso, mas com o decorrer da seca houve perda de peso e no final do experimento não houve diferença entre os pesos vivos. No experimento 2 o consumo dos blocos com melaço oscilou entre 77 a 821g/animal/dia enquanto o tratamento controle ficou entre 10 e 370 g/animal/dia. As primíparas que consumiram blocos com melaço concentrado apresentaram menor perda de peso em decorrência do parto e maior escore corporal aos 150 dias após o parto. Concluiu-se que o suplemento em blocos com melaço pode ser boa alternativa para suplementar os animais, principalmente na estação das águas.
Palavras- chave: Bovinos de corte, Fêmeas, Sal mineral.
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Efeito residual da soja micronizada em suínos terminados
Larissa Carrion Carvalho
resumo
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Considerando que a soja após sofrer processo
de micronização, o qual a reduz a partículas menores e destrói seus fatores
anti-nutricionais, tende a ser mais digestível e consequentemente, melhora o
desempenho dos animais. Seu uso durante as fases iniciais pode reduzir os
transtornos alimentares observados devido ao desmame, contudo, é necessário
medir o desempenho do animal nas fases subsequentes. Sendo assim, objetivou-se
com este estudo avaliar o efeito residual da inclusão de níveis crescentes de
soja micronizada (SM) em substituição ao farelo de soja (FS), administrada
durante as fases iniciais (21 e 63 dias de idade), sobre o desempenho de leitões
na fase de crescimento e terminação (64 a 140 dias de idade), bem como mensurar as
características de carcaça e estimar a qualidade da carne. Foram utilizados 70
animais, sendo 35 machos castrados e 35 fêmeas, distribuídos em delineamento inteiramente
casualizado, com cinco tratamentos e 14 repetições, alojados em galpão experimental
na Unidade de P&D de Tanquinho, pertencente ao Polo Regional Centro Sul/APTA/SAA,
localizado na cidade de Piracicaba - SP. Sendo testados cinco níveis de
substituição do FS pela SM (0%, 25%, 50%, 75% e 100%) durante as fases iniciais
e dieta única sem adição de soja micronizada na fase de crescimento e
terminação. Os animais foram pesados individualmente ao término de cada fase
para cálculo de ganho de peso. A quantidade de ração ofertada foi mensurada
diariamente e a sobra coletada ao final da fase, para então, cálculo de consumo
de ração e conversão alimentar. Os animais foram sacrificados em abatedouro
comercial, sendo analisadas características de carcaça, qualidade da carne e
proteoma. Quando analisado o fator dieta, os dados de desempenho foram
significativos (p<0,05) entre os tratamentos somente na fase de Crescimento
I (64 aos 92 dias de idade), sendo que quanto maior a inclusão de SM na fase
anterior, menor o consumo de ração e melhor a conversão alimentar. Ainda considerando
o fator dieta, o peso e comprimento de carcaça bem como o rendimento de cortes
mostraram-se superior em animais previamente tratados com farelo de soja (p<0,05),
contradizendo a hipótese de que a soja micronizada favorece o crescimento do
leitão nas fases iniciais e isto se refletiria até o abate. Levando-se em
consideração o fator sexo, machos apresentaram maior consumo de ração e maior
ganho de peso quando avaliado os períodos de 64 aos 119 dias de idade e 64 aos
140 dias de idade (p<0,05). Com relação às características de carcaça,
machos obtiveram maior espessura de toucinho (ET) (p<0,05), maiores pesos de
costela (p<0,05) e paleta (p<0,05), enquanto que, fêmeas exibiram maior
rendimento de carcaça (p<0,05). Houve interação dieta e sexo para pH45min e
luminosidade da carne (L*) (p<0,05), entretanto, a qualidade da carne,
independente do teor de inclusão da soja micronizada (SM) e do sexo, se apresentou
dentro do preconizado para carne suína sem anomalias. Houve diferença na expressão
de peptídeos (SPOT) no músculo Longissimus
dorsi em função da dieta (p<0,05).
O tratamento com 100% farelo de soja apresentou os melhores resultados para
parâmetros de características de carcaça, contudo, a inclusão de 25 % de soja micronizada
na dieta de leitões nas fases iniciais mostrou-se economicamente viável quando
analisado o ciclo produtivo completo dos animais e não alterou a qualidade da carne.
Palavras-chave: desempenho,
desmame precoce, qualidade de carne, proteômica.
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Eficiência alimentar e perfil metabólico de matrizes Nelore em lactação
Luana Lelis Souza
resumo
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O consumo alimentar residual (CAR) é uma característica de eficiência alimentar avaliada em bovinos em crescimento, devido à possibilidade de identificar animais de menor consumo de matéria seca (CMS) independente de características de produção e de mantença. Os objetivos do presente estudo foram 1) avaliar a importância das características de produção na variação do consumo alimentar durante os dois estágios de lactação, e 2) verificar o efeito do CAR sobre os metabólitos sanguíneos de vacas Nelore lactantes. Foram avaliadas 27 vacas Nelore, com 1164±25 dias de idade e peso inicial de 506±40 kg, submetidas a teste de desempenho, com início aos 21±5 dias após o parto, e dividido nos dois estágios de lactação. As vacas permaneceram no sistema GrowSafe® para obtenção do CMS, sendo pesadas a cada 28 dias para a obtenção do peso vivo médio metabólico (PV0,75) e do ganho médio diário (GMD), e posterior cálculo do CAR. A relação concentrado:volumoso da dieta foi 10:90. Aos 20±5, 83±5, 146±5 e 176±5 dias após o parto as vacas foram avaliadas quanto à espessura de gordura subcutânea (EGS). As vacas foram ordenhadas mecanicamente aos 63±5, 85±5 e 151±6 dias após o parto para estimar a produção de leite em 24h, que foi corrigida para energia (PLc). Análises dos metabólitos de status energético (glicose, colesterol, triglicérides e β-hidroxibutirato), status proteico (albumina, ureia e creatinina), status mineral (cálcio, fósforo e magnésio) e status hormonal (insulina e cortisol) foram feitas a partir de colheitas de sangue aos 15±5, 41±5, 62±5 e 124±5 dias após o parto. O CAR foi calculado para os dois estágios de lactação (1o estágio: 21 a 100 dias após o parto; 2o estágio: 100 a 188 dias após o parto), como a diferença entre o CMS observado e o CMS estimado. Nenhuma das covariáveis (GMD, PV0,75, EGS e PLc) foram significativas para obter o CMS estimado das vacas no 1o estágio de lactação (R2=0,29). Já para o 2º estágio da lactação, foi significativa a covariável PV0,75 (R2=0,40). As vacas foram classificadas em CAR negativo (CAR<0, mais eficientes) e CAR positivo (CAR>0, menos eficientes) com base no CAR obtido no 1º estágio de lactação (CAR1). No 1ª estágio de lactação, vacas mais eficientes consumiram 10% menos matéria seca que vacas menos eficientes, e apresentaram desempenho e perfil metabólico similar, com exceção da proteína do leite em kg que foi menor para vacas mais eficientes. No 2ª estágio de lactação, vacas mais eficientes consumiram 11% menos matéria seca, sem diferenças nas demais características. Em conclusão, diferenças no GMD, PV0,75, EGS e PLc não explicam grande parte da variação do CMS de vacas Nelore em lactação. Vacas de menor CAR1 apresentam desempenho e perfil metabólico semelhante às vacas de maior CAR1. Concentrações de glicose, colesterol, triglicérides, β-hidroxibutirato, albumina, ureia, creatinina, cálcio, magnésio, insulina e cortisol, e as características de comportamento ingestivo são semelhantes entre as classes de CAR em vacas lactantes.
Palavras chave: consumo alimentar residual, metabólitos sanguíneos, vacas em lactação.
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Recria de Bovinos de Corte em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
Pedro Mielli Bonacim
resumo
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A pesquisa foi realizada no Centro Avançado de Pesquisa em Bovinos de Corte de Sertãozinho, para avaliar a formação de pastagens de capim Marandu (Brachiaria brizantha cv Marandu) implantadas em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária, comparada a sistema de monocultivo por meio das características produtivas e estruturais do capim-marandu e avaliar o desempenho de bovinos de corte da raça caracu mantidos nestas pastagens. O experimento foi desenvolvido de dezembro de 2015 a dezembro de 2017. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (três blocos), com cinco tratamentos: capim-marandu solteiro (C), milho mais capim-marandu semeados simultaneamente (CM), milho mais capim-marandu semeados simultaneamente + nicosulfuron (CMN), milho mais capim-marandu semeados na adubação de cobertura do milho (CMA) e milho mais capim-marandu semeados simultaneamente na linha e na entrelinha + nicosulfuron (CMNE).As características avaliadas foram: massa de forragem, massa de folha, massa de colmo, massa de material morto, porcentagem de folha, de colmo e material morto, altura da pastagem, índice de área foliar (IAF) e interceptação luminosa (IL), análise bromatológica da pastagem (proteína bruta, fibra insolúvel em detergente neutro e ácido e lignina) e desempenho de bovinos de corte da raça Caracu. Os resultados de massa de folhas e colmo (kg MS/ha) não tiveram diferença significativa entre os tratamentos propostos. Em relação à época do ano, todas as variáveis estudadas foram significativamente diferentes, em função das condições climáticas da região. Os sistemas integrados apresentaram maior porcentagem de folhas e menor porcentagem de material morto do que o monocultivo. As taxas de lotação animal foram iguais estatisticamente em todos os tratamentos, em função do manejo adotado, mas os pesos finais dos animais foram maiores nos sistemas integrados do que no monocultivo, isso pode ser explicado pelo maior ganho de peso dos animais nas pastagens integradas e provavelmente em função da qualidade desses capins, pois a quantidade de folha e colmo (kg MS/ha) foram iguais entre os tratamentos. Os tipos de consorcio milho mais capim-marandu semeados simultaneamente + nicosulfuron (CMN), milho mais capim-marandu semeados na adubação de cobertura do milho (CMA) e milho mais capim-marandu semeados simultaneamente na linha e na entrelinha + nicosulfuron (CMNE) são os mais indicados para recria de bovinos em Integração Lavoura-Pecuária.
Palavras-chave: características estruturais, ganho de peso animal,sistemas consorciados.
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Toxicidade do Odor de Óleos Essenciais de Eucalyptus Globulus e Corymbia Citriodora Sobre o Carrapato Rhipicephalus Microplus
Leandro Rodrigues
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As infestações pelo carrapato Rhipicephalus microplus causam grandes prejuízos à bovinocultura. Uma alternativa para o controle desse ácaro seria a utilização de óleos essenciais. Assim, o presente estudo avaliou o efeito acaricida do odor dos óleos essenciais de Corymbia citriodora Hook, Eucalyptus globulus Labill. e seus principais constituintes citronelal, 1,8-cineol, em misturas binárias (1:1) nas doses de 10, 20, 40, 60, 80 e 100 mg.g-1 sobre larvas e adultos ( Fêmeas ingurgitadas) de R. microplus. Controles positivos Triatox® (Amitraz), Colosso FC30® (Clorpirifós+cipermetrina+fenthion), Barrage® (Cipermetrina) e negativos (água e álcool /acetona 1:1) também foram usados para comparar os efeitos dos diferentes tratamentos. Um mililitro de cada solução foi vertida sobre um disco de papel de filtro de 5,5 cm de diâmetro que, após a evaporação total, foi transferido para a unidade experimental: dois tubos FALCON® de 50 ml de capacidade, acoplados um ao outro, separados por um papel de filtro, formando dois compartimentos: A (tubo superior: larvas ou teleóginas) e B (tubo inferior: disco impregnado). A tampa do tubo (A) foi perfurada e vedada com papel filtro para saída do odor. Para cada tratamento, foram realizadas 5 repetições, utilizando aproximadamente 100 larvas (± 21 dias de vida) ou 5 fêmeas ingurgitadas para cada repetição. As larvas e fêmeas ingurgitadas foram expostas ao odor dos tratamentos por 72 horas. Após esse período os adultos foram transferidas para uma placa de Petri e mantidas em BOD (27 ºC ± 70% de umidade) para calcular os índices da inibição da oviposição (IO), eficiência reprodutiva (ER) e eficácia dos tratamentos (EP). Para os ensaios com as larvas, a cada intervalo de tempo (24, 48 e 72 horas) foram contadas as larvas mortas e no final de 72 horas de exposição, as larvas vivas foram contadas para estimar a taxa de mortalidade larval. Os odores dos óleos essenciais, independente das doses e misturas, incluindo o grupo controle positivo, não causaram mortalidade das teleóginas. No entanto, o óleo E. globulus e seu princípio ativo majoritário, 1,8-cineol, na dose de 100 mg.g-1, alcançaram 100% de eficácia, uma vez que parâmetros reprodutivos de oviposição e eclodibilidade foram prejudicados. A mistura dos óleos de C. citriodora +1,8-cineol mostrou eficácia superior a 94% sobre fêmeas ingurgitadas nas doses de 80 e 100 mg.g-1. O efeito letal sobre larvas superior a 82% foi observado para citronelal e citronelal+1,8-cineol nas doses a partir de 20 mg.g-1. Além disso, o citronelal, apresentou maior mortalidade nas primeiras 24 horas de exposição (P<0,05). Conclui-se que o odor de citronelal, em doses a partir de 20 mg.g-1, foi o composto mais tóxico contra larvas de R. microplus; os odores dos óleos essenciais de E. globulus, C. citriodora e seus compostos majoritários, 1-8 cineol e citronelal foram, em determinadas doses, tóxicos para fêmeas ingurgitadas de R. microplus expostas por 72 horas, prejudicando postura e eclosão das larvas. Não se observou efeito acaricida do odor dos carrapaticidas químicos estudados e tampouco interação sinérgica entre as combinações binárias dos óleos essenciais. Palavras-chave: cineol, citronelal, eucalipto, odor, R. microplus.
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Validação do imunoensaio para identificação de monensina em ração e produtos de origem animal
Renato Del'Alamo Guarda
resumo
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A identificação correta de resíduos de monensina em alimentos para animais e em carne, ovos e leite é importante para determinar a quantidade de monensina presente na matriz biológica, bem como para a certificação de alimentos orgânicos, que devem estar sem monensina. Este trabalho teve como objetivo validar anticorpos policlonais, produzidos em coelhas da raça Nova Zelândia, para identificar a monensina por imunoensaio. Para a atividade imunogênica, a monensina foi purificada a partir de um produto comercial (20% de monensina) e foi conjugada utilizando o método de bio-conjugação de carbodiimidas, com Soro albumina bovina e carreador glutaraldeido. Os anticorpos foram produzidos ao longo de 60 dias e titulados por PTA-ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática com antígeno preso na placa), lidos a 565 nm, com sistema enzimatico de revelação por peroxidase. Os soros colhidos a cada 15 dias durante o esquema de imunização foram diluídos a 1: 800 e titulados. Os valores de densidade óptica (D.O.) foram 0,17, 0,19, 0,22 e 0,23 para os dias 15, 30, 45 e 60, respectivamente. Os anticorpos produzidos foram capazes de identificar monensina em amostras de ração comercial, farinha de carne e penas, leveduras inativadas seca e em amostras de leite, a partir de curva padrão de monensina ( analise quantitativa) com sensibilidade de 10 ug por kg de amostra. A otimização destes ensaios foi realizada com tempos entre etapas de 1 hora de incubação, temperatura de 37°C. Das 36 amostras de ração de animais, levedura, farinhas e leite utilizadas, 75 % (27) apresentaram resíduos de monensina e 25 % (9) foram negativas, incluindo todas as amostras de leite e de ração para equinos. Outros parâmetros de validação utilizados foram a recuperação de monensina, utilizando claras de ovos como matriz fortificada, com recuperação media de 93,9% e precisão e repetibilidade dos imunoensaios, com 5,24 de CV% e desvio padrão de 0,056 , de forma que este soro policlonal produzido está dentro dos parametros internacionais para ensaios de triagem inicial com ELISA. A presença de monensina inviabiliza a exportação de produtos bem como a certificação de rações como orgânicas ou livres de antibióticos.
Palavras-chave: ELISA, ionóforo, segurança alimentar
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