17/10/2024
Pesquisadores do IZ das áreas de pastagem e de nutrição animal se qualificam no exterior
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Intercâmbios
tem contribuído para inovação tecnológica, maior rede de contatos, parcerias
internacionais e criação de novas patentes no Instituto
Com a
missão de desenvolver e transferir tecnologia e insumos para a sustentabilidade
dos sistemas de produção animal, o Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, investe na
qualificação dos seus pesquisadores em outros países. Os conhecimentos
adquiridos nesses intercâmbios têm impulsionado diversas linhas de pesquisa do
Instituto.
Geraldo
Balieiro Neto, do Núcleo Regional de Pesquisa de Ribeirão Preto, realizou o
pós-doutorado no Departamento de Ciência Animal da Universidade da Flórida, em
Gainesville/EUA, passando por treinamento técnico-científico operacional em um
sistema de fermentação em duplo fluxo contínuo de última geração. Segundo
Baliero, os novos conhecimentos adquiridos possibilitaram associar a técnica de
avaliação de metano entérico in vivo com a fermentação ruminal in
vitro, resultando no desenvolvimento de novo método para avaliação de
metano. “Com menos de 12 meses após o término do estágio no exterior,
desenvolvemos uma patente, e encontra-se implantado no BIOTECBOV, Laboratório
do NRP de Ribeirão Preto, sistema inovador para avaliação da emissão de metano
entérico em sistema de cultivo em fluxo contínuo. O sistema reduz custos, uso
de animais, tempo e variação experimental na avaliação de ingredientes,
aditivos e novas moléculas na fermentação ruminal, permitindo ‘proof of
concept’ e uso de tratamentos de alto risco para os animais”, revela. Ainda
de acordo com o pesquisador, o método implantado, por ser mais acessível,
representa importante contribuição para o atendimento à enorme demanda de
empresas que desejam desenvolver estratégias e testar novas opções, avaliar e
validar seus produtos potencialmente mitigadores da emissão de metano entérico.
Flávia
Fernanda Simili, também do NRP de Ribeirão Preto, realizou durante um ano, o
pós-doutorado com bolsa de pesquisa no exterior da Fapesp, no Centro de
Pesquisa e Educação do Norte da Flórida (NFREC), da Universidade da Flórida, em
Marianna. Durante o período participou das atividades do projeto “Manejo de pastejo
de culturas de cobertura em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária”, que
vem sendo conduzido desde 2017 sob a coordenaçãodo renomado prof. Jose
Carlos Batista Dubeux Jr.
Flávia
relata que o intercâmbio contribuiu para o aprendizado de novas metodologias de
estudo, como: avaliação de lixiviação de nitrato utilizando lisímetros;
ciclagem de nutrientes, utilizando marcadores de isótopos estáveis; atividade
de microrganismo utilizando o método de incubação de solo; infiltração de àgua
utilizando infiltrômetro automático; crescimento e densidade de raiz com uso de
“armadilhas”; entre outras. “Esse aprendizado será aplicado em futuras
pesquisas para o Estado de São Paulo”, reforça a pesquisadora do IZ. “Participei
de vários experimentos que estavam em andamento, eventos regionais e
internacionais, publiquei artigos técnicos e estou me dedicando na escrita de
artigos científicos referentes aos resultados gerados nos projetos que
participei”, agrega Flávia.
A
especialista relata que o intercâmbio possibilitou também a vivência em outro
ambiente de trabalho, com alunos e pesquisadores de diferentes locais do mundo,
ampliando o conhecimento de outras culturas. “Fiz grandes amigos, parceiros de
pesquisa e conheci um pouco da cultura americana, vivenciado todas as estações
do ano e todas as datas importantes que eles celebram”, comenta.
Já Cristina
Maria Pacheco Barbosa, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Pastagens e
Alimentação Animal, está atualmente em Treinamento em Pesquisa na Universidade
da Sydney, no Centro de Carbono, Água e Alimento localizado em Camden,
Austrália. Cristina ressalta que a Universidade de Sydney é uma instituição de
pesquisa agrícola de nível mundial, desempenhando um papel fundamental para
tornar o setor agrícola e alimentar australiano um setor internacionalmente
competitivo, altamente produtivo, lucrativo, resiliente, transparente e líder
mundial em sua ciência e prática. “Meu interesse de pesquisa nesse treinamento
se estende desde a produção e utilização de forragens e alimentação de
ruminantes até a aplicação de robótica e tecnologia/automação na produção
leiteira a pasto, que é a área específica da equipe envolvida no treinamento”,
explica.
Por Alexandra
Cordeiro
alexandra.cordeiro@sp.gov.br
Comunicação IZ
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