28/02/2024
Institutos de pesquisa da Apta expõem na Coplacampo tecnologias e serviços ao produtor

IZ, IAC e Apta Regional estarão na
feira até dia 1º de março à disposição do produtor rural
O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), a Apta Regional de Piracicaba e o Instituto Agronômico (IAC-Apta), institutos de pesquisa da Agência
Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estarão presentes nesta 10ª
edição da Coplacampo com difusão de tecnologias e transferência do conhecimento
em várias áreas do agro. O evento, realizado pela Cooperativa dos Plantadores
de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), ocorre em Piracicaba,
interior paulista, até dia 1º de março.
ACoplacamporeúne empresas
do agronegócio e apresenta aos produtores rurais as novidades em serviços,
produtos e tecnologias, commais inovação e mais oportunidadesde
negócios. A abertura
do evento nesta segunda-feira (26/02) contou com a presença do vice-governador,
Felicio Ramuth, e do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado,
Guilherme Piai.
Para transferir os conhecimentos
gerados em suas pesquisas para a sociedade, pesquisadores do IZ apresentarão
aos produtores as pesquisas desenvolvidas no Instituto, todas voltadas à
Produção Animal Sustentável. Os trabalhos da Instituição buscam aumento da
produção, diminuição de custos e o mínimo de impactos ambientais.
O pesquisador Anibal Vercesi Filho,
diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Genética e Biotecnologia do
IZ, falará sobre o leite A2A2, que é livre da beta caseína A1 [associada a
problemas de inflamação das mucosas gástricas e intestinais em algumas pessoas].
No Centro de Pesquisa são realizadas análises para quantificar possível
contaminação de leite e produtos lácteos A2 pela proteína A1, além disso podem ser
identificados animais que, por sua genética, produzem apenas leite A2, ajudando
o produtor a formar rebanho que produza apenas leite A2, agregando valor ao
produto. Também é possível identificar contaminação em produtos lácteos de
leite de espécies diferentes, por exemplo, lácteos de búfalas contaminados por
leite de vacas.
Lívia Castelani, assistente de pesquisa
do IZ, abordará o tema “Qualidade do Leite”. Serão apresentadas análises
realizadas no IZ, como composição centesimal do leite, contagem de células
somáticas e análise microbiológica para detecção de patógenos de mastite, que
auxiliam os produtores leiteiros para aumentar a produtividade e a qualidade do
leite. Durante a feira, o Instituto realizará análises no Laboratório Móvel de
Análise da Qualidade do Leite [laboratório itinerante para realização de
análises de monitoramento da qualidade do leite em diversas regiões do Estado
de São Paulo].
“Importância dos sistemas
sustentáveis de produção animal a pasto” será tema apresentado pela
pesquisadora Luciana Gerdes, diretora do CPD de Pastagem e Alimentação Animal
do IZ. Neste Centro de Pesquisa são realizados estudos que visam identificar e
realizar melhoramento de plantas forrageiras mais adaptadas às alterações do
clima, com maior eficiência no uso de nutrientes e que impactam menos o meio
ambiente. Uso de cultivares de melhor qualidade nutricional, uso de leguminosas
e do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta podem melhorar a produtividade
dos animais e a sustentabilidade.
Já a pesquisadora Simone Raymundo de
Oliveira apresentará o sistema FLOTUB, que permite o adequado tratamento de
efluentes [fezes, urina, água de limpeza] das granjas de suínos, diminuindo os
impactos ambientais e possibilitando a geração de renda a partir dos coprodutos
obtidos [biogás, adubos e água de reúso].
A
pesquisadora Flavia Gimenes abordará o tema “Importância da análise dos
alimentos para os animais de produção”. Para fornecer uma dieta adequada, com
nutrientes na quantidade e qualidade necessária ao bom desenvolvimento dos
animais, é fundamental realizar a análise nutricional do alimento. Quanto
melhor balanceada for a dieta, maior será a produtividade animal e menores
serão as perdas de nutrientes para o meio ambiente, garantindo maior
sustentabilidade.
A Apta Regional de
Piracicaba, segundo a diretora da unidade Monica Camargo, leva aos produtores
pesquisas sobre Nutrição e adubação da cana-de-açúcar e soja, abordando
corretivos de acidez, fertilizantes químicos, organominerais,
resíduos agroindustriais e bioestimulantes;
Olivicultura, com variedades, adubação, qualidade de azeites e curvas de
maturação dos frutos; Frutas e
Hortaliças, com a fitopatologia, qualidade nutricional, pós colheita e
processamento; Melhoramento Vegetal de
plantas nativas; Abelhas, abordando a polinização; Bovinos, com a validação de
tecnologias reprodutivas em bovinos, incluindo estudos sobre a longevidade
reprodutiva para programas de melhoramento genético; Resíduos urbanos e
agroindustriais que envolvem o tratamento e uso em solos [dejetos suínos,
vinhaça, lodo de esgoto, composto de lixo];
e Matas ciliares, com a implantação e recuperação. Há ainda estudos
econômicos sobre cana-de-açúcar, olivicultura e uso de resíduos
agroindustriais, e a estatística voltada ao melhoramento genético de
cana-de-açúcar.
Também estão à
disposição do produtor informações sobre a qualidade tecnológica de
cana-de-açúcar. A pesquisadora Celina Fortes, responsável pelo laboratório na Apta
Regional de Piracicaba, orientará o produtor
sobre os passos para alcançar maior excelência na sua produção.
Já a pesquisadora Patrícia
Prati leva aos produtores a abordagem dos resultados e serviços das análises
químicas de azeitonas, curvas de maturação de azeitonas, composição de folhas
de oliveiras [fenóis e compostos antioxidantes] e composição química de frutos.
Ainda serão expostos
pela pesquisadora Edna Bertoncini estudos sobre tratamento e uso de resíduos
urbanos e agroindustriais em solos agrícolas, realizado pelo Grupo de Estudos em
Resíduos Orgânicos (Gera). A pesquisa envolve análises de resíduos urbanos,
agrícolas e industriais, teste da taxa e velocidade da decomposição de resíduos
e ensaios para uso e registro de produtos no Ministério da Agricultura e
Pecuária (MAPA).
Os estudos de doenças de plantas [campo e pós-colheita]
coordenados pela pesquisadora Marise Parisi mostrarão a diagnose de doenças de
plantas, sendo feitas identificações de patógenos e estudos sobre epidemiologia
de doenças de plantas, controle de doenças de plantas no campo e em
pós-colheita, e conservação pós-colheita [testes químicos e bioquímicos].
Ainda serão abordados estudos
sobre adubação nitrogenada em longo prazo da cana-de-açúcar e os resultados de
experimentos de campo na unidade feitos por meio da parceria entre a Apta
Regional de Piracicaba e o IAC, envolvendo os pesquisadores André Vitti e
Heitor Cantarella.
Os visitantes ainda
poderão buscar informações sobre adubação com silício em cana-de-açúcar e soja,
como resultados de experimentos com cana-de-açúcar para aumento da produção,
redução de danos da ferrugem marrom, broca-do-colmo e déficit hídrico e sobre a
soja envolvendo aumento da fotossíntese, produção de clorofila, carotenoides.
Outro trabalho
importante para Piracicaba e região está no projeto “Ribeirão Guamium, Bacia do
Rio Piracicaba, SP: Peixes e Qualidade de Água - Ênfase à Educação Ambiental”, um trabalho conjunto da
APTA Regional de Piracicaba em colaboração com o Instituto de Pesca (IP-Apta), apoiado
pelo CNPq e FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).
Os pesquisadores da Rede
Propagar, uma parceria entre a Apta Regional e a Vale S.A. também levam para a
feira o trabalho que mostra o desenvolvimento de protocolos para propagação em
massa e caracterização genômica de plantas. A iniciativa busca garantir a
perpetuação de dez espécies ameaçadas, como bromélias, orquídeas e sempre-vivas
e a recuperação de áreas degradadas, garantindo um futuro mais sustentável.
Já o IAC está presente com
as pesquisas sobre as tecnologias do Programa Cana IAC e cultivares de
batata-doce. Por meio do Centro de Cana IAC, pesquisadores realizam trabalhos
multidisciplinares dentro do Programa Cana IAC que envolvem melhoramento
genético, ciências do solo, caracterização de ambientes de produção,
fitotecnia, manejo de pragas e doenças e estimativa de produção. O resultado
dos trabalhos engloba o desenvolvimento de vinte variedades IAC — 19 para o
setor sucroalcooleiro e uma para fins forrageiros.
O Instituto também mostra
ao público suas variedades de batata-doce coloridas e traz mudas e sementes de
diferentes culturas, como soja, feijão, milho e amendoim, além da própria
batata-doce. Outro atrativo é o Boletim 100: recomendações de adubação e
calagem no Estado de São Paulo, ao lado de outras publicações de destaque
amplamente reconhecidas junto a diversos segmentos do agro.
Por
Gustavo Steffen
gsalmeida@sp.gov.br
Núcleo de Comunicação Científica
da Apta
Lisley
Silvério(MTb. 26.194)
lsilverio@sp.gov.br
Diretora do Departamento de Comunicação Regional – SAA
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